Pão integral

Conseguir fazer pão em casa é uma das experiências mais gratificantes. Não sei explicar…parece que nos liga às raízes. As primeiras experiências a fazer pão, procurando conhecer as farinhas, os fermentos, as combinações e acrescentos, fiz há bastante tempo atrás, quase exclusivamente com um máquina de fazer pão. Entretanto deixei de o fazer, confesso.

À mão nunca investi muito, talvez pela ideia (errada) de que dá muito trabalho, leva muito tempo e é precisa muita força de braços para amassar. Que engano! Durante a semana passada participei numa oficina de partilha de saberes do movimento Aveiro em Transição, com o tema “Fazer pão à antiga”, que foi dinamizada pelas chefs do restaurante macrobiótico Ki e constatei que afinal não dá assim tanto trabalho fazer o trabalho à mão (não se amassa nem nada). Fizemos três receitas – de pão integral (o da foto), de pão de arroz e de pão de passas e canela (que adorei e é o próximo que vou fazer).

No fim de semana passado fiz o pão integral, que servi ao lanche. Na verdade, nem fui eu que o fiz – foram antes umas mãos pequeninas – que misturaram farinhas e água em menos de nada. Uma janela quentinha, com sol a bater, um pano a tapar e a magia acontece (embora em casa me digam…”mãe, não é magia, é ciência”). Leveda, cresce, vai ao forno, e ao cozer enche a casa de um cheiro tão confortável, que pede manteiga, compota e café. E foi bom ver que o dono das mãos que fizeram este pão, que normalmente se recusa a comer pão mais escuro, o comeu com a maior satisfação!

Na verdade tenho apenas uma fotografia deste pão, mas quando fizer o próximo, se quiserem muito, posso tirar mais algumas das diferentes etapas, para ficarem com ideia das texturas que a massa vai tendo. Querem?