A cuidar da casa/ A cuidar do ambiente

O que não vou comprar em 2022

Nos últimos meses tenho prestado muito mais atenção às minhas finanças pessoais. Tinha noção que estava a gastar mais do que o desejável e portanto decidi fazer contas. Decidi então que o ano de 2022 seria um ano de “gasto zero” ou “gasto mínimo” em diversas áreas. Esta resolução tem dois objetivos principais: o de colocar as minhas finanças pessoais sob controlo e fazer escolhas que sejam mais sustentáveis e amigas do ambiente, o que também é muito importante para mim.

Já desconfiava que o supermercado seria um dos principais culpados do gasto em excesso (a culpada sou eu, ok? mas dito assim soa muito melhor) e veio a confirmar-se. Assim, para dar a volta a esta situação defini um orçamento mensal, alterei a frequência com que faço as compras e os locais onde vou abastecer de coisinhas boas para comer. Comecei a colocar em prática esta nova rotina no início do ano e posso dizer que está a funcionar. Passei a ir ao hipermercado apenas duas vezes por mês (ao contrário da ida semanal) e os frescos vou buscar ao mercado, todos os sábados de manhã, altura em que passo também pelo talho e peixaria.

O que não quero comprar

Para além desta nova rotina das compras semanais, escrevi uma lista do que não quero comprar em 2022, noutras áreas que nada têm a ver com alimentação. Esta lista é muito pessoal, não exaustiva, e inclui artigos onde eu sei que estava a gastar dinheiro de forma desnecessária. Pode fazer sentido para vocês ou não fazer sentido nenhum, pois cada um tem as suas prioridades (e está tudo bem). Ao optar por não comprar algumas destas coisas, sei que vou conseguir poupar e é também um exercício de disciplina que quero fazer e um caminho para um consumo mais consciente e com menos desperdício.

Roupa & calçado

Roupa em lojas de fast fashion

Sapatos e sapatilhas

Roupa de desporto

Casacos (quero, aliás, experimentar a aplicação Vinted para vender alguns dos meus casacos pois tenho muito mais do que preciso)

Bikinis/Fatos de banho

Pijamas/ chinelos

Carteiras

Objetos / hobbies

Sacos das compras (não está em causa o valor do saco, mas sim uma questão de sustentabilidade. Tenho usado os meus sacos reutilizáveis e assim é menos plástico em circulação)

Lãs, agulhas e tecidos

Lancheiras/ recipientes para comida

Livros ( tal como falei aqui tenho apostado em ir à biblioteca e em ler o que já tenho em casa, mas esta categoria está a custar bastante. Tenho lido muito mais e apetece-me comprar todos os livros da minha wishlist)

Plantas (posso fazer trocas e receber ofertas. Este ano gostava de aprender a propagar as plantas que tenho. São poucas e tenho conseguido mantê-las vivas. Quem me conhece, sabe que isto é um feito!)

Canetas e cadernos (outra categoria difícil porque não resisto a um caderninho ou canetas de mil cores. Este ano voltei a não comprar uma agenda em papel no início do ano e mantenho o meu adorado bullet journal)

Decoração (fazer “compras” dentro de casa e dar uma nova vida aos objetos de decoração que já tenho)

Alimentação

Garrafas de água de plástico (outra ação básica para quem quer ser mais amigo do ambiente, né?)

Comida para experimentar (aqueles artigos que normalmente estão em promoção e nem sabemos como o vamos utilizar mas acabamos por colocar no carrinho das compras)

Comer fora durante os almoços/lanches da semana (levar marmita para o trabalho com a maior frequência possível)

Produtos gourmet (tentar manter as compras de produtos simples, de época e locais…não venham atrás de mim por causa dos abacates, ok?)

Snacks de pacote (batatas fritas e outros snacks crocantes…a minha perdição! Longe da vista…longe da boca, certo?)

Bebidas vegetais (tenho-as comprado por conveniência mas não são propriamente baratas e até sei fazer bebida de aveia e bebida de amêndoa)

Chá em saqueta (optar por comprar chá em folhas, a granel sempre que possível, pois é muito mais amigo do ambiente)

Pastilhas e rebuçados (a menos que sejam “medicinais”…tipo os rebuçados de S. Brás ou Peitorais)

Cereais e barras (porque tenho o mau hábito de ter diferentes tipos de cereais só porque os quero provar e depois acabam por ficar e ficar e ficar…até já não estarem bons)

Bolos e outra pastelaria (esta não custa assim muito, pois já não tenho o hábito de comprar, mas é sempre bom recordar. Em dias de aniversário, faz-se exceção)

Legumes congelados (privilegiar os legumes frescos e ter o mínimo de legumes congelados ou pelo menos não ter a gaveta dos legumes a abarrotar…)

Saúde, higiene e beleza

Champo/amaciador/máscara em embalagens de plástico (já consegui convencer 50% do agregado familiar a fazer a troca para o champo sólido. Para além de ser mais barato…menos plástico)

Cremes de rosto e de corpo (apenas posso comprar depois de terminar o que tenho em casa)

Maquilhagem nova

Discos de algodão (vou optar por usar os discos reutilizáveis que tenho e eventualmente vou investir num conjunto de discos reutilizáveis em algodão)

Vitaminas/suplementos (a menos que sejam prescritos pelos médicos que me acompanham)

Onde posso gastar ou investir dinheiro

Naturalmente que no topo desta lista estão contempladas todas as despesas fixas mensais ou despesas com saúde que sejam necessárias.

Escrevi também uma lista daquilo em que quero gastar ou investir dinheiro e no topo desta lista estão as “experiências”. Nesta categoria coloquei massagens, a minha ida mensal à manicure, visitas a museus e jantar fora ocasionalmente. Incluí também arranjos de roupa, sapatos e também gastos com a manutenção da casa (lâmpadas, pilhas, etc) ou com materiais que me permitam dar uma nova vida a móveis ou objetos de decoração.

Defini também como “permitida” a compra de cinco acessórios novos durante o ano – brincos, anéis ou colares – uma vez que tenho vindo a investir em bijuteria de maior qualidade e também a compra de roupa em segunda mão, desde que seja necessária e/ou que seja um peça de qualidade.

Fotografia de capa por Karolina Grabowska via Pexels

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